DIU de Cobre: Dez meses depois

Conforme o prometido, volto dar o feedback do DIU de cobre.

E quer saber? Quase não poderia ser mais perfeito!

Nos 3 primeiros meses sofri bastante com cólicas e tpm mas depois passou.

O meu fluxo, com anticoncepcional hormonal estava quase nulo então o “aumento” com o DIU não foi nada de outro mundo. Virou um fluxo “normal”.

Baixei um aplicativo pra registrar as datas e ter um certo controle/conhecimento de quanto está durando cada ciclo e em geral está bem reguladinho – com exceção ao mês de setembro que teve um atraso considerável mas totalmente atribuível ao aumento do volume dos treinos e à ansiedade pré maratona.

Esse, por sinal, é o único “senão” do DIU. Ao contrário dos anticoncepcionais hormonais, ele não garante aquele ciclo “redondinho” e artificial. Mas os beneficios compensam.

Minha performance melhorou. Minha libido também. E minha conta bancária agradece não ter um custo fixo de quase cem reais mensalmente.

Sobre a performance e a maratona, falarei em post próprio, ok?

Mas sobre o DIU de cobre, 10 meses depois da inserção, sou só elogios. Se está com dúvidas, converse com seu ginecologista! O SUS coloca de graça… não tem desculpa! Pra mim, foi uma excelente solução!

A saga do DIU

Então tudo começou assim:

Ano passado eu estava insatisfeita com meus resultados e em plena preparação para minha terceira e mais importante maratona. Eu sabia que, mesmo tendo cumprido 100% da planilha, tendo chego ao menor peso da minha vida adulta e ter me recuperado bem dos problemas de saúde anteriores ao ciclo (Leia aqui e aqui), ainda assim, com o pace que estava apresentado nos treinos, somente por um milagre eu atingiria o resultado sonhado.

Exames em dia, nutricionista, musculação… o que estava faltando? Em consulta com um médico do esporte, ouço a seguinte afirmação: “Não existe performance feminina com anticoncepcional hormonal”.

Ok, ok, calma lá! Mas se eu simplesmente parar de usar o anticoncepcional, uma eventual gestação e depois um bebê também influenciarão negativamente nos treinos, não? (e quando melhorar, sem novo anticoncepcional, já corro risco de repetir a dose!) Como resolver a questão?

No fim, a sugestão era DIU de cobre ou que meu marido fizesse vasectomia.

Meu marido se prontificou a fazer a cirurgia se eu quisesse, mas até para “apressar” as coisas, por que uma cirurgia não se faz de um dia para o outro, optei por tentar o DIU que, como descobri, também não se coloca da noite para o dia.

Pra fazer tudo certinho, procurei minha ginecologista, que preferia o DIU Mirena (que é também hormonal), me pediu exames e me deu material informativo sobre os dois métodos. Pesquisei bastante, conversei com várias mulheres, corredoras, pesei os prós e contras e acabei optando pela tentativa de retirar totalmente a utilização de hormônios e passar realmente para o DIU de cobre. Porquê? Só pela “performance”? Também por ela, mas por ver os resultados dos meus exames, como havia muita alteração hormonal e minha recente dificuldade de ganhar massa magra. Massa magra é de fundamental importância para qualquer mulher depois dos 40, não só para corredoras!

Assim, mesmo não sendo a opção da gineco, mas a minha, marcamos o procedimento.

O procedimento de colocação do DIU é relativamente simples e até pode ser feito em consultório. Porém, o meu plano só cobre se feito em ambiente hospitalar. Marcamos a data e achei excelente a opção. Na internet, encontrei vários relatos de mulheres falando da dor da colocação, embora rápida. Fiz com sedação e foi muito, mas muito tranquilo. Como marcamos para um feriado municipal – 25 de janeiro – nem perdi dia de trabalho.

O procedimento ocorreu na sexta de manhã e na sexta à tarde tive alta. No domingo, tinha uma prova de 10K. Havia sido alertada que poderia ter cólicas fortes, mas foi tudo tranquilo também nos dias seguintes. Por recomendação da médica, mantive o anticoncepcional até o fim do ciclo que já havia sido iniciado e fiquei realmente surpresa de não ter nenhum dos efeitos colaterais que tinha lido.

Pois bem, na sexta-feira seguinte, era a hora de dizer adeus aos hormônios. Final de semana ainda ok, até que na segunda-feira “desceu” litros e vieram as cólicas homéricas que haviam anunciado!

Eu estava ainda iniciando trabalho novo e ia para o escritório mal, com dor, sono, caindo sobre o computador, sem conseguir me concentrar. Foi uma semana horrível. E o que eu ouvia? Tá tudo dentro da normalidade.

Passou o “período” e tudo ficou bem. Vamos esperar a próxima, pensei. O mês de fevereiro seguiu e mais perto da data prevista, meu humor foi piorando. Uma sensação de “saco cheio” tomando conta e a vontade de comer doces e me jogar na frente da tv era cada vez maior…. alerta de TPM ligado! porém, a menstruação não descia.

Pra quem estava a tantos anos acostumada com a regularidade conferida pelos anticoncepcionais hormonais, pareceu uma eternidade a expectativa entre o 28° ao 35° dia, quando finalmente menstruei. Dia legal esse: Dia de longão. Óbvio que não rolou. Tentei. Fui até a USP, comecei a correr e fiz apenas 5K “na marra”. Conscientemente eu queria, mas não ia. Não tinha cabeça e as pernas pareciam pesar 2 toneladas cada uma. Bateu o desespero! Como posso ficar tão refém dos meus próprios hormônios?

Neste segundo fluxo, as coisas foram mais controladas. Sem grandes cólicas, sem maiores contratempos. E na terça-feira seguinte, os ânimos já estavam normalizados e os treinos retomados.

Ainda é cedo é pra fazer uma avaliação precisa quanto ao acerto ou não da troca de método. Se vou correr melhor ou não? Não sei. Mas resolvi contar por aqui a minha “saga” por que foi bem difícil encontrar informação de qualidade a respeito. Quais as reações? A vantagem é mesmo real? O que muda no corpo? São perguntas que acabarei tendo que observar responder mês a mês. E, claro, como dizem por aí: “O nosso corpo não é ciência de foguete” – não existem respostas objetivas e certas pra todo mundo. Nosso corpo, na verdade, é muito mais complexo que qualquer máquina construída pelo ser humano. Com um equilíbrio bem mais tênue. Assim, minha pretensão é apenas de abrir o diálogo com quem mais possa estar com tantas dúvidas como eu estava (e ainda estou).

Vamos falar mais sobre isso? Conte-me sua experiência! Eu prometo voltar aqui e contar mais como tem sido a adaptação e se realmente livrar-me dos hormônios artificiais melhorará minha vida e meus treinos!

Rua, Parque, Pista ou Esteira?

Acho que quem me acompanha nas redes sociais deve estar cansado de saber que eu gosto mesmo é de correr na rua.

A sensação de liberdade, de desbravar sua cidade (e às vezes, até a cidade vizinha) e até mesmo de fazer turismo correndo pelas cidades que se visita, não tem igual.

Porém, quando o objetivo na corrida aumenta e, além do prazer em correr, almeja-se alcançar algo mais, como um RP, aumentar a distância etc, muitas vezes alterar o estímulo e mesmo fazer treinos “mais chatos” podem contribuir favoravelmente para o resultado.

Todo mês, quando minha planilha chega, minha primeira reação é ver qual treino é ideal pra cada uma das minhas opções. Treinos longos? Rua. Treinos intervalados com trechos de distâncias relativamente curtas ou tiros? Pista. Intervalados com trechos em poucos minutos? Esteira. Parque? Em geral, só os recreativos, com amigos.

Acho a rua fundamental por que as provas são na rua. A pista de atletismo é bacana pois é um “ambiente controlado”, plano, demarcado e em geral, pelo menos, sem obstáculos mas cada volta tem apenas 400m, então o ideal, para melhor controle é que os trechos sejam de 200, 400, 800m… fica mais fácil de controlar por voltas. O parque, independente do tamanho, terá gente passeando, cachorro, crianças, bicicletas… então embora possa ser uma alternativa pra quem tem receio de correr na rua por questões de segurança, em geral não é minha opção.

Mas… e a esteira? Depois de mais de 6 anos correndo, acho que finalmente me entendi com ela. Ainda não nos amamos, mas já conseguimos não brigar.

Além daquela opção de ser o plano B pro dia que chove canivete ou que a gripe pega de jeito, tenho optado pela esteira naqueles treinos com intervalos curtos de estímulo forte.

Na esteira, a possibilidade de se controlar o pace no simples clique de um botão, é ótimo pra ajudar a ganhar velocidade. É pra correr a pace de 5′? Mete 12km/h e manda ver! É pra correr sub-5? Aumenta essa velocidade e aguenta! Quando o mesmo tipo de treino é na rua, minha tendência é começar o trecho muito forte e “quebrar” no meio, então tenho realmente aproveitado pra treinar velocidade.

Tem lugar melhor ou pior? Olha, até tem, mas tudo depende muito de tantas coisas… conheço gente que só treina em esteira pois tem medo de treinar sozinha em rua ou parque. E o que eu acho? Que pra ela, é sim melhor esteira por que não tem sensação pior e que nos paralisa mais do que o medo, então não tem como o treino render de outra forma.

E eu já fiz muito treino ruim na chuva por preconceito de esteira.

Hoje, acredito que não tem certo ou errado. Não sou profissional de educação física pra fazer teoria sobre as vantagens e desvantagens de cada treino mas não acho que alguém seja melhor ou pior que o outro, “raiz” ou “nutella” pela forma como treina. A gente se adapta ao que tem, nos horários que pode e tenta fazer o melhor.

E se temos possibilidade de otimizar o treino no local mais adequado pra cada tipo, por que se privar disso?

Nike Epic React – minhas impressões

Antes de mais nada, queria deixar claro que a escolha do tênis é algo muito pessoal. Volte e meia vejo pessoas questionando em grupos de facebook se um tênis é melhor que outro e até algumas “brigas” como se fossem torcedores rivais, dizendo que tal marca é a melhor de todas e que os outros tênis são “lixo” ou culpados por lesões.

Não acredito nisso.

Acredito, por experiência própria, depois de pesquisar um pouco e até de conversar com gente da área, que existe, sim, o tênis que é melhor pra cada um. Sem uma regra geral. Cada pé é diferente do outro, cada pisada, estrutura corporal etc.

Quem me acompanha sabe que seguindo as “dicas”, no início insisti na Asics, depois me descobri na Adidas, virei referência entre amigos pra dar dicas sobre a linha Boost (E tive muitos mesmo) mas agora, pelo segundo ano consecutivo, estou experimentando outras marcas. Em agosto do ano passado, comprei o Kinvara 8, da Saucony, e agora acabo de adquirir o Nike React.

Só me convenci a comprar um tênis de outra marca por que a Adidas fez o favor de parar de comercializar meu modelo favorito no Brasil. Desde o fim de 2016, não acho mais o Adizero Tempo feminino para vender. Comprei o último já em promoção, “modelo antigo” e depois não achei mais. Só masculino, em tamanhos grandes. Assim, vi-me obrigada a buscar novas alternativas.

A Saucony não teve sorte… Não me conquistou mas a culpa não foi dela. Quando comprei o Kinvara, por problemas de saúde eu já estava com os pés e tornozelos inchados e não tinha percebido, então, embora tenha gostado do tênis, não me apaixonei, senti algumas dores e reservei-o para os treinos de pista, por seu drop mais baixo e menor amortecimento.

Agora, recentemente, estava andando pelo shopping quando passei na frente de uma loja Nike e vi o Nike Epic React Flyknit na vitrine. Na hora, comentei da propaganda e que, pela descrição, lembrava-me muito dos boost. Então, por curiosidade, entrei na loja pra experimentar.

epic

O excelente atendimento “dos Thiagos” da Nike do Bourbon Shopping era o que faltava para me convencer a comprar. Explicaram sem pressa sobre o tênis, confirmaram minhas impressões e falaram das comparações com a linha Boost da Adidas…Tiveram uma super paciência em me atender…

A marca promete leveza e amortecimento macio e responsivo. Pra saber mais sobre as inovações que a Nike trouxe pro tênis, vale a pena ler aqui.

Agora, depois de um mês de testes próprios, posso dizer que o Nike Epic React Flyknit  está aprovado. Nesse meio tempo, já corri duas provas (uma de 8 e outra de 10K) e já fiz um longo de 14 e outro de 16K.

Em todas estas oportunidades, o tênis não me incomodou, não machucou e, o que realmente importa pra eu aprovar um tênis de corrida, não me fez lembrar dele em nenhum momento enquanto estou correndo.

Pra mim, tênis bom é aquele que “faz parte de você” então você não precisa ficar lembrando dele o tempo todo. Ele “funciona” como tem que funcionar, ele “responde” o que tem que responder e você corre “no automático”, sem ter que pensar no equipamento, sem se incomodar com ele, sem ouvir barulho, sem sentir dor…

E o Nike React atingiu com louvor as minhas expectativas de me esquecer dele durante a corrida!

Ele é um tênis pra pisada neutra (embora eu tenha minhas dúvidas se essa informação é realmente importante), tem o drop de 10mm, semelhante ao Adizero Tempo Boost da Adidas, que eu usava antes e o peso, no tamanho 38 é de 187g. Sei que algumas pessoas reclamaram da forma pequena, mas pra mim ele foi perfeito. Uso 37, comprei 37 e não me incomoda em nada.

índiceA única dó é que ele é lindo… Atualmente, existem oito opções de corres. Mesmo sabendo do risco iminente, fiquei com o rosa, que é um tom lindo, bem claro. E claro, na primeira prova, a ponta já ficou preta. Cheguei em casa e já no primeiro uso (sim, eu sei que isso não se faz, mas a estreia foi em prova)  já fui lavá-lo com todo o cuidado.

Muito legal também é a campanha da Nike, pra quem mora aqui em Sampa, é que com o tênis vem um mapa da cidade com rotas de corridas e pontos em que, se você for com o tênis no pé, você tem alguns benefícios (entre eles, comida, sorvete… KKKK #agentepira!) A gente corre, descobre a cidade e ainda tem mimos! Achei muito bacana mesmo!

Quebrei a cara. E agora?

Dia 29 de março.

Véspera de feriado. Visita em casa, exames médicos de rotina marcados. Marginal Tietê lotada, saio do trabalho mais cedo e passo no mercado pra comprar o lombo de bacalhau da páscoa que deixei pra última hora.

Tudo dentro na normalidade dessa vida maluca de advogada/dona de casa na maior cidade da América do Sul. Até que, em frações de segundos, eu viro o pé e dou com a cara no chão.

Uma poça de sangue imediatamente se espalha no piso do supermercado. Funcionários e clientes curiosos me cercam. O circo está montado. Todos os meus planos para o resto do dia, para o feriado e, no mínimo, para os próximos 15 dias, estão adiados.

Cena de novela ou de cinema pastelão. Pessoas se metendo sem saber nada de primeiros socorros, um gerente nervoso pra resolver a situação com o menor tumulto possível e sem processo judicial (não foi culpa do mercado, podem ficar tranquilos) e eu ali no chão. A coisa só acalmou um pouco quando uma cliente se identificou como médica e realmente acalmou os ânimos. Obrigada, Dra. Caroline! É tudo que sei dela.

Vim de ambulância ao hospital (já risquei da minha lista de aventuras a fazer o de andar de ambulância com sirene e giroflex ligados), fiz tomografia, descobri várias fraturas na face e no nariz, o qual tive que suturar também.

Pelos edemas, tive que marcar consulta com otorrino depois de 72 horas e só ontem, dia 03 de abril, passei por cirurgia corretiva, pelo que estou escrevendo agora da cama do hospital.

Estou me sentindo bem, graças a Deus. Mas resolvi tentar resumir aqui meu sentimento nestes últimos 5 dias.

Não, não é fácil. Mas juro que desde o momento de entrar na ambulância, veio um sentimento de gratidão. Eu, na maca, vi quantas pessoas estavam envolvidas em meu atendimento. E eu nem tinha chego ainda no hospital.

Igualmente, eu sabia que estava sendo encaminhada para um bom hospital e que o bombeiro que me pediu documentos e carteira de plano de saúde (mais gratidão – eu o tenho) tinha tido o cuidado de ligar e perguntar se teriam as especialidades médicas necessárias para me atender.

Ainda assim, claro que por muitos momentos tentei buscar explicação e pensei em energias negativas e até em “voodoo” (pausa para risos, por favor! Rsrs mas que pensei, pensei) e todas as vezes que pensei “por que comigo, Meu Deus?”, lembrei-me da médica que fez meu doopler vascular há alguns meses atrás que já me dizia que na verdade devemos pensar “e por que não deveria acontecer comigo? O que eu teria tão especial que não poderia acontecer nada de ruim comigo?” E essa pergunta, em vez de assustar, me consola.

Sim, sou humana. Considero-me uma pessoa boa, mas quem disse que pessoas boas não se machucam? Faz parte da vida e prefiro acreditar que alguém lá em cima sabe o que faz.

Eu realmente estava com muita pressa. Tanto que caí sozinha, sem tropeçar nem escorregar em nada. E se eu tivesse preferido pegar o carro e entrado na Marginal Tietê lotada “na pilha” como eu estava? Será que estaria aqui escrevendo agora? E será que eu seria a única machucada? Quero pensar assim e sou realmente grata por estar bem.

Não há um só médico que tenha me atendido e que não saiba que sou corredora e que quero voltar a correr o quanto antes. E todos estão me atendendo bem e me tranquilizando também quanto a isso. Não vou chorar (até pra não estourar os pontos) se tiver que dar uns poucos passos pra traz nos treinos que estavam começando a melhorar depois da lesão no rim. Até pra isso, talvez seja bom. Manter o ritmo mais devagar e o rim também ganhar mais tempo. Esperar e confiar.

Faz parte. É a vida. E sim, 2018 é o ano de cuidar da saúde acima de tudo. Mas chega de provações a partir de agora, né?

Receitinha nova!

Faz muito tempo que não posto receita por aqui, né?

Pois hoje, em conversa no trabalho, falávamos de bolo caseiro e me deu uma vontade de comer bolo de fubá… o que eu fiz? Fui procurar receitas de bolos que não levassem trigo, açúcar, adoçantes ou leite. Como eu disse em posts anteriores, minha preocupação atualmente é muito mais com saúde do que com calorias ou em ser “maromba”, então a ideia é ser o mais natural e saudável possível.

Li várias receitas e acabei adaptando ao que achei que daria certo… e não é que deu?

Então, divido com vocês!

Vamos lá?

Bolo de fubá saudável

3 ovos orgânicos;

1 xícara de tâmaras sem semente;

1 xícara de uvas passas brancas;

3/4 de xícara de óleo (aqui uma discussão… usei de girassol, que tinha em casa, mas não tenho opinião formada de qual é o melhor nesses casos);

1 xícara de leite de coco;

1 xícara de fubá;

1 xícara e meia de aveia;

1 colher de sopa de fermento em pó

Canela em pó (opcional)

Sementes de Erva Doce a gosto (opcional)

– Bata no liquidificador os ovos, o óleo, as tâmaras, as uvas e o leite de coco, até ficar uma massa homogênea.

– Num refratário, misture o fubá, a aveia, o fermento e as sementes de erva doce, se usar. Após, junte a massa constante do liquidificador.

– Unte uma forma com óleo, polvilhe o fubá e a canela (se quiser), e leve pra assar por aproximadamente 30 minutos (ou até “passar no teste do palito”).

– Retire do forno, espere esfriar e desenforme! Pronto!

Seu bolo sem lactose, sem glúten e sem açúcar processado, está pronto pra acompanhar um café quentinho no fim da tarde!

Rotina e planejamento

Quando a gente segue as “divas fitness” no Instagram, parece que a vida é sempre um eterno “Glamour”, que todas acordam com seu suco verde fresquinho, em copo de cristal, fazem seus treinos no horário, conforme a planilha, em paisagens espetaculares, almoçam em restaurantes incríveis e à noite ainda são convidadas para eventos mais incríveis ainda com outras celebridades da net… mas daí pensamos… “na vida real, a coisa é mais embaixo! Ah, se eu tivesse esse tempo!”

Então, eu que não sou diva nenhuma e estou no WordPress e Instagram por pura insistência de divulgar o que acredito, te digo que sim, que na vida real, realmente a coisa é mais embaixo, mas que isso não pode é motivo pra não tomarmos as rédeas da nossa vida, do nosso tempo.

Já falei por aqui dos probleminhas de saúde que andei enfrentando e saúde não é “mimimi”. É coisa séria e temos que tratar. Sem saúde, não adianta emprego nem filho com roupa nova ou viagem pra Disney. Saúde é prioridade.

Por outro lado, para a organização do tempo, cada um elege suas prioridades conforme preferir. E, nesse momento, é que entendo que cada um se torna responsável pelos resultados que atinge.

Temos que trabalhar? Claro! Se não somos do grupo de ricas e herdeiras, ou se não recebemos tudo em “permuta” por divulgação em redes sociais como os “top youtubers” talvez recebam, temos contas pra pagar.

Temos que cuidar da casa? Dos filhos? Dar atenção pro marido? Tomara que sim! Quer dizer que temos casa, filhos e marido, que fazem nossa vida mais feliz e completa!

Mas será que não temos aquele tempo pra fazer algo só pra gente?

Hoje está sendo um dia fora da minha rotina. Tenho horário pra trabalhar, mas ele muda de acordo com alguns compromissos. Hoje, por que eu que moro em Osasco (zona oeste de São Paulo, pra quem não conhece), precisava chegar antes das 8h00 da manhã em um compromisso na Zona Sul, tive que sair muito cedo de casa. Pra piorar, hoje, quinta, é meu dia de rodízio, o que quer dizer que não posso circular com meu carro de placa final 7 na região do “centro estendido de SP das 7h00 às 10h00 e das 17h às 20h00. Ou seja, tinha que ir de ônibus + trem.

Ah, então quer dizer que não deu tempo pra treinar? Claro que não! Quer dizer que olhei a planilha, vi que era curto o treino (período de base/retorno) e acordei às 4h00 da manhã pra correr cedo.

Ainda deu tempo de preparar o café da manhã, os lanches do dia e os almoços, meu e de meu marido, conforme as duas dietas específicas de cada um.

E cheguei no meu compromisso de trabalho com 15min de antecedência.

Isso quer dizer que sou melhor que outra pessoa? The Flash? Mulher Maravilha? Que suporto tudo? Claro que não! Só que estou estabelecendo prioridades.

O treino é importante por que me faz bem. Física e mentalmente. A dieta é importante pra atingir meus resultados no treino e tentar evitar novos problemas de saúde. Então eu me organizo.

Preparo porções individuais e separadas de carbo, de proteínas, tenho sempre opção pré congelada. Caseira. Cozinho ovos orgânicos enquanto tomo café, lavo a salada logo quando saio do banho, na correria… e aos poucos, naquele tempinho de “enrolar no facebook”, tudo fica pronto…

Mas nem sempre tudo dá certo! E aí a gente improvisa…

Hoje mesmo, apesar da dieta estar inteira na bolsa térmica, meu compromisso se prolongou… e eu não tinha como, com cliente, dizer “deu meu horário, vou almoçar aqui, minha porção individual e equilibrada, de acordo com a minha nutri. Licença, por favor…”

Então, hoje mesmo fiz um “jejum intermitente forçado” de oito horas, totalmente fora da dieta, do programa… Acontece.

Imprevistos acontecem. Na primeira oportunidade que fiquei sozinha, tirei a porção de castanhas e frutas secas da bolsa. Era o que dava. “O que tinha pra hoje”. Mas ainda assim, vou feliz pra casa mais tarde. Não usei a desculpa do trabalho, da correria, pra comprar um pão de queijo ou uma coxinha, nem um chocolate pelo caminho. Furei a dieta por que não deu para encaixá-la no dia de hoje? Furei. Nos que diz respeito aos horários, “readequei do meu jeito”. Mas… acontece!

Somos falíveis, sim. Nossa vida é corrida. Mas gosto de pensar que estou fazendo o melhor. Minha auto estima e disposição melhorou muito depois que descobri e passei a tratar os problemas hormonais mas ainda não me verão de “mulher maravilha”. E nem vou fazer parecer que tudo é fácil e que podemos ser um unicórnio, que basta acreditar. Sou do contra, sim.

Defendo que somos humanas. Vamos nos organizar e nos cuidar. Não vamos salvar o mundo. Nem vencer tudo e todos. Só quero ser feliz e saber que hoje sou e fiz um pouquinho melhor que ontem.

Fartos

Nesse momento estou num vôo Latam, indo a trabalho para São Luis, no Maranhão. O vôo só serve comidas pagas, dispostas no cardápio “Mercado Latam”, e eu penso, juro “ainda bem! Não terei lixo literalmente empurrado ‘goela abaixo’ só por que estou sentada sem ter o que fazer por cerca de 3 horas” mas sinto cheiro de comida e ouço o barulho de embalagens sendo abertas a todo instante ao meu redor. As pessoas, ainda assim compram uma infinidade de porcarias.

Abro o “Latam Entertainment” e procuro um filme para assistir. Tento Almodovar, não consigo prestar atenção. Troco para o nacional “o candidato honesto” e a sátira política mais me irrita do que diverte, então acho o documentário americano “Fed Up”, traduzido para o português como “Fartos”. Um documentário sobre como o governo americano não tem coragem de enfrentar o real inimigo que está matando seus jovens: a indústria alimentícia. Não trouxe nenhuma novidade para mim, que já li e já falei no Instagram sobre o excelente livro “Sal, Açúcar, Gordura” do vencedor do Pulitzer Michael Moss, mas ainda assim, é chocante por mostrar principalmente adolescentes travando lutas injustas com a balança, com a diabetes e tantas outras doenças, enquanto são bombardeados cada vez mais com lixo disfarçado de comida, com apoio ou ao menos conivência de governos. É fácil por a culpa no gordo. Chama-lo de preguiçoso. Mas por que, então, os índices de obesidade nos EUA crescem junto com os números recordes de inscritos em academias (dados do documentário)? A conta não fecha. No Brasil, embora eu tenha certeza que a realidade não seja a mesma que a dos EUA, certo é que também estamos caminhando cada vez mais para o junk food e para as comidas processadas, com os mesmos engodos do “light”, “menos gorduras”, “Açúcar da própria fruta”, “sem glúten”, sem isso ou aquilo. E a nossa população também está cada dia mais gorda. E mais aficcionada em musas fitness…

O que está errado? Cada vez mais estamos nos distanciando da comida de verdade. A minha geração, diferente da dos meus pais, já cresceu com refrigerantes (“o novo tabaco” pra dar mais um ‘spoiler’ do documentário que acabo de assistir) e estamos passando isso para nossas crianças. E quando tentamos ser saudáveis agora, o que fazemos? Em vez de ir pra feira, trocamos o cereal açucarado e o refrigerante por suplementos e bebidas esportivas com listas de ingredientes que talvez precisasse me formar em química pra ter uma ideia do que tem dentro… Nunca quis ser radical, já enfrentei sim alguns distúrbios alimentares anos atrás, suplementei bastante e não sou dona da verdade, mas ando pensando muito no assunto. Vamos comer bem de verdade? Comida de verdade, que vem da natureza e não de laboratório? Vamos pensar no que estamos fazendo de verdade com nossa vida, com nosso corpo? Assista “Fed Up”. Leia sobre os efeitos do açúcar. Informe-se de verdade. Lá no início do blog, quando a Fer escrevia aqui, ela falou sobre outro livro, o “Sugar Blue – o gosto amargo do açúcar”. Outra boa indicação. Pense antes do próximo gole de refrigerante.

DOS NOSSOS MALES

“A nós bastem nossos próprios ais,
Que a ninguém sua cruz é pequenina.
Por pior que seja a situação da China,
Os nossos calos doem muito mais…”

(Mario Quintana)

2017 foi um ano difícil.

Sim, eu sei, 99% da população mundial vai concordar comigo. Sei também que teve gente com problemas mais sérios, mais graves, mais difíceis de resolver. Mas, como diz o mestre Mário Quintana que tanto ensina com seus curtos versos, sempre “nossos calos doem mais” pois são em nós.

Então, há um ano, vim com a cara, a coragem e a bagagem toda de Curitiba a Osasco, região metropolitana de São Paulo. Licenciei-me de um cargo público e assumi novamente a rotina de advogada em escritório. Troquei, numa única semana, de carro, de emprego, de cidade, de estado. O que eu mantive? Meu marido (sempre!) e, a princípio, a minha rotina de treinos, por que eu já vinha inscrita para minha segunda maratona, com altas expectativas de baixar tempo.

Não precisa ser vidente ou já saber da história toda, pra saber que não deu certo. Enfrentei vários problemas pra me adequar aos horários da nova realidade. Enfrentei problemas com o clima. E enfrentei outros que acreditava serem psicológicos. Os treinos não rendiam, as pernas pesavam, os tênis “de sempre” apertavam. E eu seguia no lema “sou brasileira, não desisto nunca”, insistia mas ia me desanimando cada vez mais.

Corri em Porto Alegre em junho, mas claro que não diminuí a marca de Buenos Aires. Aumentou. Busquei uma nova meta, a Meia de Sampa, em Outubro, mas mesmo assim os treinos não rendiam. Não alcançava o “pace” que o Coach colocava na planilha e me sentia mal por achar que era “mimimi” meu. Por que antes eu conseguia e agora não rendia mais? Não conseguia entender.

Até que às vésperas da Meia de Sampa, depois do último longo feito, não consegui mais correr. Amanheci muito inchada. Os tênis simplesmente não entravam mais. Nem as calças, nem as camisetas, nem as roupas de trabalho… Opa! Era hora de ir ao médico.

Em Curitiba eu tinha total acompanhamento de nutricionista, médicos e fisioterapeutas, mas na mudança de rotina (e de plano de saúde também), admito que deixei tudo de lado. De um dia pro outro, não era mais possível achar que era tudo questão de cabeça.

Comecei, então, no inicio de outubro, um outro tipo de maratona: Entre consultórios médicos e laboratórios pra saber o que estava acontecendo.

No início, o sintoma era o edema. Depois passei a reparar na dor nos tornozelos. Os médicos perguntaram e sim, as unhas estavam fracas, eu estava desanimada… ah, o xixi? Clarinho mas sim com espuminha… nunca tinha reparado! Alguém sabe dizer se o seu xixi tem espuma? O meu tinha mas não me chamava a atenção.

Resumidamente (ficaria ainda mais longo o texto pra falar de todas as especialidades, todos os excelentes e aqueles nem tão bons médicos que consultei e os exames que pediram), fiz duas descobertas importantes: Estou com hipotireoidismo leve (o que como leiga posso dizer que me fez inchar e deixou meu metabolismo mais lento, além de trazer possivelmente alterações de humor que só dificultam as coisas) e ainda um quadro de síndrome nefrótica, pela qual meu rim parou de filtrar proteínas, que iam todas pra urina (a espuminha do xixi!). Resultado? Mais e mais edema, perda de massa magra, ganho de gordura e colesterol nas alturas.

Agora, estou diagnosticada e tratando com dois dos excelentes médicos que passaram no meu caminho (além das grandes e maravilhosas amigas médicas que sempre tem as palavras certas pra me tranquilizar) e já voltei a treinar. Mas isso me deixou muito mais atenta. Claro que olhar agora é mais fácil. Como eu não percebi que meu pé estava inchado no dia que saí pra fazer 26K e tive que tirar todo o cadarço do tênis e recolocar por que meu pé não entrava? Como não estranhei as pernas pesadas nos treinos semanais? Ou na falta de força de levantar da cama pra ir pra academia em tantas vezes? E até a falta de vontade de ir ao salão e me cuidar? E desde quando tinha aquela espuminha? Claro que tinha coisa errada. Mas é que minha vida tinha mudado tanto, que acreditei que era só “mimimi” mesmo. Hoje sei que não.

Então, meninas, eu sei que tem gente com problema pior e mais grave de saúde, e eu sou grata que o meu foi mais simples. Eu não estou contando tudo isso aqui para me fazer de coitada e vocês entenderem como sofri (pois eu sofri, sim, nestes meses, tive medo). Eu estou contando tudo isso para alertá-las.

Não menosprezem seus “ais”, não se sintam na obrigação de serem fortes e de cumprir a planilha acima de qualquer coisa. E se ouçam. Se não é normal estar desanimada, vai no médico, no psicólogo, sei lá, mas aceitem que pode ter algo errado. Se é um pequeno inchaço, não espere ele crescer como eu fiz. Se é um pequeno incômodo, não espere ser uma dor insuportável. Não, não somos “mulher maravilha” – graças a Deus – e também não devemos nada a ninguém. Não se cobrem tanto! A vida segue, de uma forma ou outra, mas é bem mais difícil quando o nosso corpo não está funcionando como devia. Não é por que alguém sofre mais que você, que o seu sofrimento tem que ser ignorado. Investigue, se cuide, sempre!

Bem vindo 2018!

(Desconheço a autoria)

imagem recebida via whatsapp


Vamos cumprir as metas de 2018 de uma vez?

A meta deixada de lado nos dois últimos anos tem sido a de novamente ter um compromisso com o blog. Eu AMO escrever mas tenho deixado de lado pela correria da vida. Mas agora vai…  Prometo! Pelo menos um texto por semana!

Quero trazer mais conteúdo, talvez algumas parcerias pra trazer mais do que a minha opinião de leiga… vamos ver o que 2018 nos trará!

O legal do “ano novo” é isso, não? Esse “renovar-se de esperanças” que cada ciclo de 12 meses nos traz. 

Para a corrida, ainda não defini minhas metas. Sei o que quero mas para fechar o calendário estou na dependência de respostas que definam outras áreas da minha vida, por assim dizer. 

Quais são as suas metas? E o que está, de coração, disposta a fazer para alcança-las?